terça-feira, 12 de julho de 2016

Texto – Conhecimento e sala de aula

Olá, esta postagem trará algumas considerações feitas a partir do capítulo “Conhecimento e sala de aula” do livro “Ensino de Ciências: Fundamentos e métodos”, de Martha Marandino et al. Acompanhe!!

Primeiramente, a sala de aula é um local privilegiado do ponto de vista das relações.

Falando sobre a dimensão epistemológica das interações, que é sobre como se são as teorias do conhecimento, de acordo com os papeis do sujeito do conhecimento e objeto do conhecimento. Distintos filósofos da ciência realizaram análises epistemológicas que destacaram que tanto a concepção empirista como a racionalista, enquanto bases para a compreensão do problema do conhecimento, não se sustentam quando são consideradas teorias científicas. Argumentaram sobre a inconsistência do pressuposto da neutralidade epistemológica do sujeito do conhecimento – como queria a visão do empirismo e positivismo – para explicar o surgimento de novos conhecimentos científicos.

Kuhn introduz o uso do termo paradigma, argumentando que no desenvolvimento da ciência ocorrem rupturas, ou seja, um paradigma é substituído por outro.

A dimensão educativa das interações envolve a análise dos educadores Paulo Freire e George Snyders – contemplam fundamentos que permitem estruturar práticas educativas relativas aos aspectos da veiculação do conhecimento na educação escolar.

Programação e planejamento didático: duas categorias de conhecimento – científico e senso comum (conhecimento prévio do aluno).

Abordagem temática – possibilita a ocorrência de ruptura durante a formação dos alunos. É importante que a estrutura das atividades educativas, incluindo a seleção de conteúdo que devem constar na programação das disciplinas, bem como sua abordagem sistematizada nas salas de aula.

Rompe com o tradicional paradigma curricular cujo princípio estruturante é a conceituação científica – currículo concebido com base numa abordagem conceitual.

Conceituação científica – subordinada tanto às temáticas significativas como à estrutura do conhecimento científico.
Abordagem conceitual: perspectiva curricular cuja lógica de organização é estruturada pelos conceitos, com base nos quais se selecionam os conteúdos de ensino. Para Snyders – transformação envolve processos de continuidade de ruptura.

Aluno – traz para a escola algo que está relacionado ao senso comum e relaciona com sua interpretação dos temas – Essa transformação precisa ser transformada.

“É necessário que a cultura elaborada, ou seja, as teorias científicas, em processo de ruptura com a cultura primeira, seja apropriada pelo aluno”.

Tarefa da educação escolar – trabalho didático-pedagógico que considere explicitamente as rupturas que os alunos precisam realizar, durante o processo educativo – conteúdos tornem-se programáticos escolares. Snyders: “não é uma simples transformação do conhecimento, é uma reforma do conhecedor”.

A dimensão didático-pedagógica das interações explicita alguns aspectos da contribuição que Freire e seus seguidores têm dado para uma compreensão da atuação pedagógica com essa cultura que o aluno já detém.

Apreensão do significado e interpretação dos temas por parte dos alunos que precisa estar garantida no processo didático-pedagógico, para que os significados e interpretações de dados possam ser problematizados.

Diálogo a ser realizado refere-se aos conhecimentos que ambos os sujeitos da educação, aluno, professor, detêm a respeito do tema, objeto de estudo e compreensão.

Estrutura curricular – não se organize apenas nas perspectivas da abordagem conceitual, mas sim mediante a abordagem temática.

Momentos pedagógicos

Problematização inicial – caracterizado pela apreensão e compreensão das posições dos alunos ante as questões em pauta.

Organização do conhecimento – conhecimentos necessários para a compreensão dos temas e da problematização inicial são sistematicamente estudados.

Aplicação do conhecimento – abordar sistematicamente o conhecimento que vem sendo incorporado pelo aluno.



Bem, esperamos que esta postagem venha contribuir com sua prática docente, assim como as outras que já fizemos neste blog. Lembre-se sempre de deixar suas considerações nos comentários!!

Até mais!!





Referências: DELIZOICOV, Demétrio, et al. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. Cortez Editora, 2002.