Olá, neste post
trouxemos algumas considerações principais sobre a abordagem humanista. Vamos lá !!
Dentro da literatura temos as concepções de C. Rogers,
ensino centrado no aluno, personalidade e conduta e do espotaneísta A Neill. Nesta
abordagem veremos o foco nas relações interpessoais e o crescimento resultante
das mesmas, centrado no desenvolvimento da personalidade de meninas e meninos.
Outro destaque é a vida psicológica e emocional do individuo e a construção de
uma visão autêntica de si. O professor não é visto como aquele que ensina, mas
sim, um facilitador da aprendizagem, pois o conteúdo é fruto das próprias
experiências dos estudantes e a atividade é algo natural que se tem a partir da
interação com o meio.
O homem situa-se
no mundo e é um ser único, assim como suas concepções sobre o mundo.
Experiências pessoais e subjetivas são a base do conhecimento abstrato, sendo
assim, não há moldes ou regras a serem seguidas e sim um vir-a-ser, com
objetivo de uso pleno das potencialidades e capacidade se um ser. Segundo
Rogers homens e mulheres devem ser independentes, diferentes, autônomos, e
devem ser aceitos e respeitados, onde a experiência e os sentimentos
desempenham papel de crescimento. Assim o individuo é o arquiteto de si mesmo é
um agente transformador e de transformação diante do mundo e da realidade.
Para Rogers o mundo
é algo subjetivo, pois ele é reconstruído pelos homens e mulheres a partir
de percepções, estímulos e experiências, eles são os configuradores e o
ambiente é o que da às condições para as expressões pessoais, visando a ampliação
das potencialidades inerentes de um ser. Geralmente a concepção individual de
mundo não é parecida com a definição de mundo objetivo, ele pode variar entre mais
próximo e mais distante disto. O “eu” também se forma a partir da concepção de
mundo, pois mesmo que o foco seja o sujeito o ambiente é o que desenvolve essas
percepções.
Nas relações sociedade-cultura
o foco é o sujeito, Rogers diz que a única autoridade relevante aos indivíduos
é a qualidade no estabelecimento de relações interpessoais, pois isso resulta
em auto-responsabilidade, sendo assim seriam mais flexíveis, adaptáveis e
criativos. A ênfase a partir desta abordagem é o processo e não o estado final,
não é aceito o controle e manipulação das pessoas por uma ordem vigente e nem
pelos ideais sociais, a ideia é a educação em serviço das pessoas e da
felicidade delas, pensando sempre no ser autêntico.
O conhecimento
parte da experiência pessoal, e este é subjetivo, onde o sujeito tem o papel
central na elaboração e criação do conhecimento. A experimentação leva ao
conhecer, pois ela é um conjunto de ações e relações vividas e amostradas, ao
mesmo tempo nada é acabado, e sim uma constante dinâmica, pois os seres humanos
têm uma curiosidade natural para o conhecimento.
Esta Abordagem trata da educação do sujeito e não dela como um sinônimo de situação escolar
(instituição e sala de aula) ou formal. Ou seja, ensino centrado no estudante,
onde ele assume a responsabilidade em se educar, possibilitando a
auto-aprendizagem promovendo o desenvolvimento intelectual e emocional do
sujeito. A adoção dessa vertente entende que quando essas condições se
estabelecem o indivíduo tem mais iniciativas, responsabilidades,
autodeterminação, discernimento, autonomia nem novos desafios e flexibilidade
em novas situações. Essa abordagem assume então que tudo que estiver a serviço
do crescimento pessoal, interpessoal ou intergrupal é educação e o motivo de
aprender devem ser os do próprio estudante
A escola deve
respeitar a criança como ela é e proporcionar condições para que ela possa
desenvolver seu processo de vir-a-ser, valorizando a autonomia do aluno. Onde
as leis são estabelecidas por um parlamento escolar com reuniões regulares.
Entretanto entende-se que pela essência dessa abordagem, ela não poderia ser
realizada em escolas comuns.
O ensino é
centrado na pessoa a aprendizagem em
tudo que envolve um ser.
O professor é um ser que aprendeu a usar-se com êxito para
alcançar seus próprios propósitos e da sociedade na educação de outros, é por
isso que não é possível propor esquematizar e padronizar estratégias de ensino
ao professor, pois cada um deve elaborar seu repertório, e o mesmo, não precisa
necessariamente, obter competências e conhecimentos (currículo), a única
constituinte dessa ação é compreender-se e compreender os outros. Além disso,
na prática o professor é o facilitador da aprendizagem, aceitando o aluno como
ele é e compreendendo os sentimentos que possui, só assim será possível
desenvolver um ambiente favorável para o aprendizado.
Já o aluno
deve se responsabilizar pelos objetivos da aprendizagem, pois esses têm um
significado para ele, e por isso é tão importante. Deve também se comprometer
com o auto-desenvolvimento.
A metodologia
– Todas as técnicas e métodos existentes (audiovisuais, técnicas didáticas,
recursos, meios, mídias entre outros) ganham segundo plano por serem
consideradas falhas, pois, não são elas que facilitam a aprendizagem, e sim o
estilo próprio que cada professor desenvolve. O ideal é que se proporcione
curiosidade, encorajamento de seus próprios interesses, recursos;
responsabilidade dos atos e escolhas, formação consciente do estudante,
interações e problematização de situações reais, flexibilizar e desenvolver no
aluno a autodisciplina critica. Na prática a pesquisa dos conteúdos deve ser
feita pelos estudantes que poderão criticá-las, aperfeiçoá-las ou mesmo
substituí-las
A avaliação
– Tanto Rogers quanto Neill abominam qualquer forma de modelagem nos produtos
de aprendizagem, por isso assumem defendem a auto-avaliação, onde só o
individuo entende e compreende sua própria experiência, logo só deve ser
julgada só pelos seus próprios critérios. Isso implicará no assumir de
responsabilidade de sua aprendizagem, pois haverá uma auto-avaliação de
critérios e se seus objetivos estão sendo atingidos.
Você conhecia esta
abordagem e suas características? Deixe seus comentários, perguntas e críticas.
É importante essa interação!!
A próxima
postagem é a última da sequência de abordagens de ensino, a abordagem
sociocultural, já ouviu falar? Então continue acompanhando o Ciensino. Até
mais!!
Referência: MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo.
Editora Pedagógica e Universitária, 1986.
Nenhum comentário:
Postar um comentário