terça-feira, 12 de julho de 2016

As diversas abordagens de ensino: Abordagem Comportamentalista

Olá, neste post trouxemos algumas considerações principais sobre a abordagem comportamentalista. Acompanhe!!

O principal autor dessa abordagem é Burrhus Frederic Skinner, mais conhecido como apenas Skinner.


Essa abordagem é caracterizada pelo primado do objeto (empirismo), em que o conhecimento é uma descoberta, ou seja, novo para o indivíduo que o faz, mas já se tinha presente na realidade exterior do mesmo. A experiência ou experimentação planejada será um dos pilares do conhecimento, pois evidencia-se que a origem empirista está na consideração do conhecimento como resultado direto dessa experiência do indivíduo.

Para o comportamentalismo, a ciência é vista como uma tentativa de descoberta da ordem na natureza e nos eventos, em que se pretende demonstrar que certos acontecimentos relacionam-se sucessivamente uns com os outros.

Ciência e comportamento são considerados chaves para conhecer os eventos, tornando-se possível a sua utilização e consequentemente seu controle. E o conteúdo transmitido visa objetivos e habilidades que levem a competência, tornando para Skinner possível a analise funcional do comportamento nesse contexto. A análise comportamental do ensino se ressalta pois há necessidade de considerar tanto os elementos do ensino como as respostas do aluno (próprio comportamento)

O aluno é como um recipiente de informações e reflexões, enquanto o professor precisa aprender a analisar os elementos específicos de seu comportamento, seus padrões de interação, podendo assim ganhar controle sobre e modifica-los, tanto em direções como em desenvolvimento, ou outros padrões.

O conceito de homem descreve e defende a hipótese de que o homem não é livre, sendo ela necessária para se poder ter a aplicação e um método científico no campo das ciências do comportamento. O ideal é que se volte o olhar para o meio, transferindo assim o controle da situação ambiental para o próprio sujeito, tornando-o auto controlável, autossuficiente.

Quanto ao mundo, para Skinner, a realidade é vista como um fenômeno objetivo, em que o mundo já é construído e o homem está inserido nele como um produto do meio (sendo esse manipulado e controlador do homem).

Sendo assim, o comportamento pode ser mudado através da modificação ou alteração dos elementos ambientais (meio seleciona), ou seja, condições das quais o ele é uma função (homem).

Ao falar de mundo, não se pode esquecer do conceito sociedade e cultura, entendidas como espaço experimental importante no estudo do comportamento, ou conjunto de contingencias de reforços. Defende-se o emprego de uma ciência, seja ela qual for, no planejamento de uma cultura.

Ter um planejamento social e cultural é de fato uma sociedade ideal para Skinner, em que haja uma cultura bem planejada, sendo um conjunto de contingências de reforço, sob a qual todos os membros têm um comportamento de acordo com procedimentos que mantêm a cultura, capacitam-na e modificam-na de modo a conseguir realizar essas mesmas coisas de forma mais eficiente no futuro”.

Seja qualquer ambiente, físico ou social, deve ser avaliado de acordo com seus efeitos sobre a natureza humana. A cultura, para essa abordagem, passa a ser representada pelo domínio de usos e costumes, pelos comportamentos que prevalecem como tempo porque são reforçados na medida em que servem ao poder.

O conhecimento é visto como experiência planejada, sendo também a base do conhecimento, ou seja, o conhecimento é o resultado direto da experiência, havendo uma preocupação com o controle do comportamento observável, estruturado indutivamente.

E passando do conhecimento para a Educação, há o dever de transmitir conhecimentos por ela, assim como comportamentos éticos, práticos sociais, habilidades consideradas básicas para a manipulação e controle do mundo/ambiente (cultural, social, etc). E além de tudo, está intimamente ligada à transmissão cultural.

O sistema educacional promove mudanças nos indivíduos, mudanças essas desejáveis e relativamente permanentes, o que implica aquisições e novos comportamentos.

A escola é vista como uma agência educacional que deve adotar forma peculiar de controle, de acordo com os comportamentos que se pretender manter e ao mesmo tempo instalar. Ela é responsável por manter, conservar e modificar (em partes) os padrões de comportamento aceitos como uteis e desejáveis para a sociedade, sem se esquecer do contexto cultural.

Com relação ao conceito de ensino-aprendizagem, ensinar consiste em um arranjo e planejamento de contingência de reforço, as quais os estudantes aprendem, e o professor assume uma responsabilidade de peso, assegurar a aquisição do comportamento. Mas, não se pode esquecer da ênfase na aplicação do método científico, tanto à investigação quanto à elaboração de técnicas e intervenções, objetivando mudanças comportamentais úteis e adequadas.

A relação professor-aluno foca na questão de que os educadores precisam controlar o processo de aprendizagem, o controle científico da educação.

O professor tem que planejar e desenvolver o sistema de ensino-aprendizagem, de forma tal que o desempenho de seu aluno seja máximo, levando em consideração os fatores, como economia de tempo, esforços e custos.

E para isso, há a metodologia, que enfatiza o uso de estratégias, que permitem um maior número possível de alunos, lembrando sempre da programação.

E por fim, a avaliação, pois é preciso pensar que no pressuposto que o aluno progride em seu próprio ritmo, em pequenos passos, sem cometer erros. A avaliação consiste, para essa abordagem, em constatar se o aluno aprendeu e atingiu os objetivos que foram propostos, se o programa foi conduzido até o final de forma adequada.


Você conhecia esta abordagem e suas características? Deixe seus comentários, perguntas e críticas. É importante essa interação!!

Na próxima postagem trataremos da abordagem humanista, já ouviu falar? Então fique ligado no Ciensino. Até a próxima!!



Referência: MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. Editora Pedagógica e Universitária, 1986.


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