Olá, neste post
trouxemos algumas considerações principais sobre a abordagem comportamentalista.
Acompanhe!!
O principal autor dessa abordagem é Burrhus Frederic Skinner, mais conhecido como apenas Skinner.
Essa abordagem é
caracterizada pelo primado do objeto (empirismo), em que o conhecimento é uma
descoberta, ou seja, novo para o indivíduo que o faz, mas já se tinha presente
na realidade exterior do mesmo. A experiência ou experimentação planejada será
um dos pilares do conhecimento, pois evidencia-se que a origem empirista está
na consideração do conhecimento como resultado direto dessa experiência do
indivíduo.
Para o
comportamentalismo, a ciência é vista como uma tentativa de descoberta da ordem
na natureza e nos eventos, em que se pretende demonstrar que certos
acontecimentos relacionam-se sucessivamente uns com os outros.
Ciência e comportamento
são considerados chaves para conhecer os eventos, tornando-se possível a sua
utilização e consequentemente seu controle. E o conteúdo transmitido visa
objetivos e habilidades que levem a competência, tornando para Skinner possível
a analise funcional do comportamento nesse contexto. A análise comportamental
do ensino se ressalta pois há necessidade de considerar tanto os elementos do
ensino como as respostas do aluno (próprio comportamento)
O aluno é como um
recipiente de informações e reflexões, enquanto o professor precisa aprender a
analisar os elementos específicos de seu comportamento, seus padrões de
interação, podendo assim ganhar controle sobre e modifica-los, tanto em
direções como em desenvolvimento, ou outros padrões.
O conceito de homem descreve e defende a hipótese de
que o homem não é livre, sendo ela necessária para se poder ter a aplicação e
um método científico no campo das ciências do comportamento. O ideal é que se
volte o olhar para o meio, transferindo assim o controle da situação ambiental
para o próprio sujeito, tornando-o auto controlável, autossuficiente.
Quanto ao mundo, para Skinner, a realidade é
vista como um fenômeno objetivo, em que o mundo já é construído e o homem está
inserido nele como um produto do meio (sendo esse manipulado e controlador do
homem).
Sendo assim, o
comportamento pode ser mudado através da modificação ou alteração dos elementos
ambientais (meio seleciona), ou seja, condições das quais o ele é uma função
(homem).
Ao falar de mundo, não
se pode esquecer do conceito sociedade e
cultura, entendidas como espaço experimental importante no estudo do
comportamento, ou conjunto de contingencias de reforços. Defende-se o emprego
de uma ciência, seja ela qual for, no planejamento de uma cultura.
Ter um planejamento
social e cultural é de fato uma sociedade ideal para Skinner, em que haja uma
cultura bem planejada, sendo um conjunto de contingências de reforço, sob a
qual todos os membros têm um comportamento de acordo com procedimentos que
mantêm a cultura, capacitam-na e modificam-na de modo a conseguir realizar
essas mesmas coisas de forma mais eficiente no futuro”.
Seja qualquer ambiente,
físico ou social, deve ser avaliado de acordo com seus efeitos sobre a natureza
humana. A cultura, para essa abordagem, passa a ser representada pelo domínio
de usos e costumes, pelos comportamentos que prevalecem como tempo porque são
reforçados na medida em que servem ao poder.
O conhecimento é visto como experiência planejada, sendo também a
base do conhecimento, ou seja, o conhecimento é o resultado direto da
experiência, havendo uma preocupação com o controle do comportamento
observável, estruturado indutivamente.
E passando do
conhecimento para a Educação, há o
dever de transmitir conhecimentos por ela, assim como comportamentos éticos,
práticos sociais, habilidades consideradas básicas para a manipulação e
controle do mundo/ambiente (cultural, social, etc). E além de tudo, está
intimamente ligada à transmissão cultural.
O sistema educacional
promove mudanças nos indivíduos, mudanças essas desejáveis e relativamente
permanentes, o que implica aquisições e novos comportamentos.
A escola é vista como uma agência educacional que deve adotar forma
peculiar de controle, de acordo com os comportamentos que se pretender manter e
ao mesmo tempo instalar. Ela é responsável por manter, conservar e modificar
(em partes) os padrões de comportamento aceitos como uteis e desejáveis para a
sociedade, sem se esquecer do contexto cultural.
Com relação ao conceito
de ensino-aprendizagem, ensinar
consiste em um arranjo e planejamento de contingência de reforço, as quais os
estudantes aprendem, e o professor assume uma responsabilidade de peso,
assegurar a aquisição do comportamento. Mas, não se pode esquecer da ênfase na
aplicação do método científico, tanto à investigação quanto à elaboração de
técnicas e intervenções, objetivando mudanças comportamentais úteis e
adequadas.
A relação professor-aluno foca na questão de que os educadores
precisam controlar o processo de aprendizagem, o controle científico da
educação.
O professor tem que
planejar e desenvolver o sistema de ensino-aprendizagem, de forma tal que o
desempenho de seu aluno seja máximo, levando em consideração os fatores, como
economia de tempo, esforços e custos.
E para isso, há a metodologia, que enfatiza o uso de
estratégias, que permitem um maior número possível de alunos, lembrando sempre
da programação.
E por fim, a avaliação, pois é preciso pensar que no
pressuposto que o aluno progride em seu próprio ritmo, em pequenos passos, sem
cometer erros. A avaliação consiste, para essa abordagem, em constatar se o
aluno aprendeu e atingiu os objetivos que foram propostos, se o programa foi
conduzido até o final de forma adequada.
Você conhecia esta abordagem
e suas características? Deixe seus comentários, perguntas e críticas. É
importante essa interação!!
Na próxima postagem
trataremos da abordagem humanista, já ouviu falar? Então fique ligado no
Ciensino. Até a próxima!!
Referência: MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo.
Editora Pedagógica e Universitária, 1986.
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